Insônia Crônica: Distúrbio do Sono mais comum
A insônia crônica é o distúrbio do sono mais comum. Ela afeta mais mulheres do que homens. Fatores de risco incluem idade avançada, história familiar, doenças psiquiátricas como ansiedade e depressão, além de doenças neurológicas, como as neurodegenerativas.
Em um estudo realizado no Brasil em 2020, em São Paulo, observou-se que aproximadamente 18% das mulheres e 10% dos homens apresentam Transtorno da Insônia. Você pode estar se perguntando: quais são as características da Insônia?
A insônia crônica caracteriza-se pela dificuldade de iniciar o sono, de manter o sono ou de acordar antes do horário desejado. Esses problemas ocorrem pelo menos três vezes por semana e persistem por no mínimo três meses. Para o diagnóstico, o paciente também precisa apresentar sintomas diurnos, como déficit de atenção, concentração ou memória, sonolência diurna, alterações de humor, perda de motivação, preocupação ou insatisfação com o sono.
Diferente do que muitas pessoas acreditam, não existe apenas um tipo de insônia. Por isso, o tratamento varia e apresenta respostas diferentes, dependendo da pessoa e do tipo de insônia que ela tem. Então, se um conhecido usa um determinado tipo de remédio, isso não significa que o mesmo remédio servirá para você. Por esse motivo, não se recomenda usar medicamentos por conta própria. Entre os tipos de insônia, posso citar alguns: insônia inicial, de manutenção, crônica, aguda, recorrente, de tempo curto, de tempo normal de sono, entre outros.
A forma mais eficaz para tratamento da insônia é por meio de psicoterapia, conhecida como TCCi (Terapia Cognitivo Comportamental específica para Insônia). Algumas vezes, é necessário usar medicação. Embora determinados medicamentos não sejam indicados, existem medicamentos seguros e eficazes que não causam abuso, dependência nem alterações cognitivas. Por isso, é importante acompanhar o tratamento com um médico especialista em sono.
Além da medicação, uma rotina de sono e medidas de higiene do sono têm boa evidência de resposta e podem ser implementadas para melhorar os sintomas. Algumas dessas medidas incluem: (1) Evitar o uso de telas pelo menos 1 hora antes de dormir; (2) Evitar o consumo de bebidas que contenham cafeína de 4 a 6 horas antes de dormir; (3) Manter horários fixos para dormir e acordar (inclusive nos finais de semana); (4) Ir para a cama apenas quando sentir sono; e (5) Reduzir a luminosidade do ambiente antes de dormir.
Para reduzir os sintomas da insônia, comece melhorando a qualidade do seu sono com dicas para dormir bem e, se necessário, busque acompanhamento com uma médica especializada em Medicina do Sono.
Faça avaliação do seu sono. Clique aqui!
Priscila Mageste – Médica do Sono e Neurologista
CRM/RJ: 52-0111001-2 / RQE 51709 e 46610